San Lorenzo e o caminho das pedras

Tudo no futebol gera divergência, debates acirrados e infindáveis. É o que ocorre, por exemplo, quando se trata de um clube que disputa duas competições simultaneamente.

Há quem entenda que o clube deve disputar as duas com igual interesse e determinação; outros defendem que não, que a prioridade deve ser para a mais importante, colocando a outra em segundo plano; uma terceira opção vai pelo caminho do meio, o equilíbrio, e as condições do momento.

No caso do Grêmio, tem gente defendendo time completo contra o Atlético Paranaense neste domingo, estreia no Brasileirão. Uns argumentam que depois dos 4 a 1 no Gre-Nal, o Grêmio mostrou que a Libertadores não passa de um sonho, mais uma vez.

Portanto, seria preciso concentrar-se no Brasileirão, largando com um bom resultado. No fundo, esses receiam até que o Grêmio, do jeito que está, seja candidato ao rebaixamento, fantasma sempre presente depois de duas quedas absolutamente traumáticas.

Eu ainda acredito – mais pelo simples fato de que no futebol a gente sempre acredita – que é possível brigar pelo título. Como a hoje maioria dos gremistas, não vejo muita capacidade no técnico Enderson Moreira, que, além de não ter o tamanho do Grêmio, pelo jeito, a julgar por suas declarações mais recentes, desconhece a grandeza histórica do clube que o abrigou em hora inoportuna.

Sobre o jogo contra o Atlético, penso que Enderson deveria aproveitar para armar o time da forma como gosta, ou seja, sem os três volantes, preferido da direção, não dele.

Ele poderia escalar dois volantes, mais o Zé Roberto, que armaria pela esquerda e mais o Rodriguinho. Na frente, Dudu e Barcos.

Com isso, pouparia um volante – talvez o Riveros – para o jogo contra o San Lorenzo, que é o que realmente importa. O Brasileirão é longo e um eventual resultado negativo pode ser recuperado gradativamente.

Já o jogo de quarta-feira pode encaminhar o time ao título, ou sepultar de vez qualquer pretensão maior.

No momento, Enderson poupa apenas Rodolpho e Wendell. Werley não considero mais titular depois de suas últimas atuações. Então, o Grêmio vai praticamente com força máxima contra o Atlético.

Fosse o contrário, estaria levando uma saraivada de críticas.

Já o San Lorenzo vai preservar praticamente todo o seu time titular na rodada do argentino. Está certo o San Lorenzo. Não é por nada que os argentinos são os que mais comemoram títulos na Libertadores. Uns 20 se não me engano.

Eles sabem o caminho das pedras.

O Grêmio, ficou provado no Gauchão, não tem condições de encarar duas competições da mesma forma. Infelizmente.

INTER

Duas semanas atrás, o BRio recebeu jogo e festa em dois dias, total de 90 mil pessoas.

No fim de semana seguinte, não tinha condições de receber viva alma.

Agora, como num passe de mágica, o estádio foi liberado para estreia colorada no Brasileirão.

Quando se diz que neste terra o Inter consegue tudo o que quer há quem questione.

IMPRENSA

Para quem não acompanha, a ZH publicou no domingo passado texto dizendo que sua cobertura para a dupla era exatamente igual.

A afirmação provocou revolta entre gremistas. Curioso, não entre colorados, que silenciaram.

No link abaixo há o texto da ZH e a análise impecável de um gremista, retrucando o jornal.

http://blogremio.blogspot.com.br/2014/04/desculpas-esfarrapadas.html