A interminável disputa interna no Grêmio

Quem nos brinda com um texto mais do que oportuno é o Walter Luís de Borba, advogado, pai de um guri de 4 meses, de olhos azuis como a camisa do Grêmio.

Walter enviou este comentário antes da publicação de uma reportagem, da ZH,  que estampa documentos internos do clube e que comprometem a gestão anterior, em mais um capítulo dessa infindável guerrilha que corrói as entranhas do primeiro clube gaúcho campeão do mundo.

Confiram:

Nos últimos anos, especialmente no fim do ano, temos nos deparados com teses, e mais teses do que está certo ou errado na Instituição Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Há uma incansável tentativa de buscar um culpado pelos mais de 12 anos de insucessos. Ora culpa-se o A, outra ora culpa-se B, e assim, em marcha e contramarchas segue sendo traçado destino do nosso imortal tricolor.

No meu sentir, credito boa parte desses insucessos a falta de união na instituição Grêmio.

Aquele ditado popular clichê diz: “A UNIÃO FAZ FORÇA”.

Pois bem:

Hoje existe divisão da torcida do Grêmio. Não se fala na torcida do Grêmio de maneira una, se fala na Geral do Grêmio, ou na Social Grêmio. Hoje no clube e na torcida, existe os “Koffistas”, os “Odonistas” e aqueles indefinidos, vg. X 9.

Existem as viúvas eternas do Felipão, que no sinal de uma crise, anunciam aos quatros ventos: se Felipão estivesse no comando, isso não aconteceria. Existem os adoradores de Renato, sendo este elevado a “status” de Santo, e por conta disso, não pode ter seu nome falado em vão.

Existem aqueles que preterem a BASE; pelo investimento em jogadores consagrados e medalhões, sem qualquer conhecimento da história do clube.

Existem aqueles que abominam o maior craque de futebol surgido no Rio Grande do Sul. Assim como, existem aqueles que elevam a ídolo jogadores de segundo nível como Maxi Lopes, Herrera, Loco Abreu, Amato, Miralles, entre outros.

Há dúvida se ARENA é nossa. Há dúvida se Olímpico será demolido.

Já houve até a previsão da falência do Grêmio.

Ora, é obvio que existem divergências quando o assunto é o Grêmio. Ninguém está 100% certo quando afirma algo, assim como, ninguém está 100% errado ao fazer um contraponto.

Creio eu, que essas arestas divergentes podem ser aparadas. Aparadas as arestas, não tenho dúvidas que retomaremos o caminho das glórias passadas. Para isso, é necessária a União. O trabalho em conjunto. A troca de ideias e de princípios.

Koff e Odone, já formaram uma dupla vencedora.

Nas nossas maiores conquistas, não existia distinção da torcida geral ou da torcida social do Grêmio. O Olímpico pulsava pelo som da TORCIDA DO GRÊMIO. Seja dos torcedores que estavam sentados no cimento, sejam aqueles que estavam nas cadeiras.

O que eu espero de 2014, é a retomada de uma união em prol do clube buscando um único ideal.  Vencer, Vencer e Vencer. Chega de picuinhas prejudiciais ao clube.

Afinal, todos somos gremistas, e todos queremos ver o grêmio vencedor.

Por fim, finalizo com uma estrofe da canção do Lulu Santos, Tudo Azul, a qual, nos 90 era toada a cada campeonato conquistado pelo tricolor:

“Nós somos muitos

Não somos fracos

Somos sozinhos nessa multidão

Nós somos só um coração

Sangrando pelo sonho de viver”