Olimpia, minha última esperança

Já deixei bem claro que considero RG um inimigo a ser execrado até o fim dos tempos.

Por isso, cada vitória dele é como um tapa na minha cara.

Ontem, ao passar à final da Libertadores, RG encaminhou a conquista da Libertadores. O Olímpia até deve impor alguma resistência, mas acho que irá ceder

Lembro que escrevi em janeiro ou fevereiro, que o Olímpia por ser ‘assim assim’ com a Conmebol seria candidato ao título. Aí, retrucaram que o time era fraco. Mas eu não estava falando do jogo aquele que se pratica sobre a grama, natural ou sintética.

O Olímpia é sempre candidato porque é do Paraguai, sede da Conmebol ou Comebola, como dizem alguns.

Então, minha esperança agora é a força política dos paraguaios para evitar que o Atlético seja campeão. Não pelo Atlético, mas por causa do RG.

Não fosse RG, eu até torceria pelo Atlético. Torceria por Victor, goleiro injustiçado por uma parcela expressiva da torcida gremista, que queria vê-lo pelas costas, o que acabou acontecendo.

Victor, hoje, é herói da torcida do Galo. Prova mais uma vez que é um goleiro fantástico e que o problema do Grêmio desde sua contratação nunca foi o goleiro, exatamente o que escrevi muitas vezes.

Goleiro o Grêmio sempre teve com Victor, o que lhe faltou foi time, qualidade nas outras posições, com algumas poucas exceções.

Não era contra a ascensão de Marcelo Grohe, que se mostrou um goleiro à altura de Victor, mas a favor de Victor, por seu caráter e sua dignidade profissional. Um goleiro que sempre honrou a camisa tricolor.

Se Victor não era problema, tampouco Marcelo Grohe depois que assumiu a titularidade. Ele deveria continuar, não havia necessidade de contratar Dida, que é outro grande goleiro.

Hoje, vejo que parte da torcida despreza Dida. Outro erro. O problema, como antes, não está nessa posição. Dida está aí e merece o carinho do torcedor, mesmo que continue sem pegar pênaltis.

Sei que por trás dessa bronca com Dida, está o desprezo a Luxemburgo, que o trouxe, e uma paixão incontida por Marcelo Grohe, criado no Olímpico e identificadíssimo com o clube.

Por falar em identificação, o que dizer de RG? Em cada entrevista, juras de amor e promessas de fidelidade, enquanto tramava sua fuga do Grêmio, de onde saiu pelas portas dos fundos para cruzar o umbral das almas perdidas.

O problema é que RG, por ter tanto talento, segue vencedor.

Quando parece estar se encaminhando para o fundo do poço, como parece estar ocorrendo com o centroavante Adriano, eis que ele ressurge vitorioso para me atormentar.

Mas eu não desisto. O Victor que me perdoe.

Soy paraguaio, soy Olimpia. Arriba!