A noite em que deu saudade de Felipão

O Grêmio mereceu a classificação.

Luxemburgo não.

Confesso que senti saudade de Felipão. Nem no pior dos pesadelos Felipão entregaria o jogo no segundo tempo como fez o técnico do Grêmio.

Nem vou entrar no mérito das substituições de Gilberto Silva e Elano no intervalo. Dois dos melhores jogadores do time saindo ao mesmo tempo, tendo 45 minutos para evitar que o Coritiba marcasse dois gols.

Com Felipão à beira do campo, o Coritiba jogaria até a meia-noite e não faria os dois gols, correndo o risco de levar mais um.

Lembrei de Felipão quando vi um atacante descontado, mancando, receber a bola livre na grande área e desviar de Marcelo Grohe para fazer 2 a 1.

Inadmissível. Um time com a vantagem que o Grêmio tinha naquele momento não poderia nunca tamanha liberdade para o ataque inimigo.

Felipão teria erguido uma muralha diante da área, não esse queijo suíço armado por Luxemburgo, cheio de furos.

É evidente que o Grêmio perdeu qualidade sem Elano e Gilberto Silva, mas Luxemburgo poderia ter posicionado o time de maneira mais cautelosa, congestionando o meio de campo e explorando contra-ataques.

Depois, o terceiro gol do Coritiba. Pereirão cabeceou livre, parecia um treino recreativo. Ninguém chegou nele, encostou nele.

Com os 3 a 1, o Coritiba tinha tudo para eliminar o Grêmio.

Mas se Luxemburgo não sabe jogar mata-mata, está claro que o técnico rival, Marcelo Oliveira sabe menos ainda.

Os dois poderia frequentar a escolinha do professor Felipão, que provou na Copa do Brasil que é mestre na matéria, é doutor em mata-mata.

Aliás, dois, Luxemburgo e Marcelo Oliveira, são as vítimas mais recentes de Felipão.

Luxemburgo ao menos mostrou que é mais iluminado que o técnico do Coritiba.

No último minuto, quando tudo parecia perdido, Souza errou um rebote e a bola sobrou para Marcelo Moreno, que mostrou a importância de ter um jogador de área de qualidade.

O Grêmio garantiu a vaga e manteve a auto-estima elevada para o Gre-Nal.

Apesar de Luxemburgo.