O limite da dupla

Antes da derrota em Curitiba – resultado justo -, o time do Grêmio já dava sinais de que enfraquecia sem Elano e Zé Roberto, substituídos no decorrer do segundo tempo de dois jogos. Sábado, eles deixaram o time no intervalo.

Resistir 45 minutos sem Elano e Zé Roberto era pedir demais. Sem contar que outro titular do meio de campo, Souza, suspenso, sequer participou. Assim, foram 45 minutos com um meio de campo paupérrimo de qualidade. Portanto, a vitória do Coritiba era praticamente inevitável.

É bem verdade que o primeiro tempo do Grêmio também não foi lá essas coisas. Elano, meio adoentado, não foi o mesmo das três partidas anteriores. Idem o Zé Roberto.

Ficou claro, assim, que o Grêmio tem um forte time titular, mas não há peças de reposição para várias posições, em especial as do meio de campo, setor mais importante de uma equipe de futebol, conforme tenho repetido.

O preocupante é que os desfalques inevitáveis começaram a acontecer muito cedo.

No jogo em Curitiba, é preciso considerar que Luxemburgo errou ao começar com André Lima no lugar de Kleber. Ele e Moreno só podem jogar juntos em determinadas condições. Luxemburgo poderia ter começado com Rondinelly. Mas não sei se mudaria muita coisa.

A conclusão é que o Grêmio, com o que tem hoje, pode no máximo almejar uma vaga no G-4. Título só se tudo começar a dar muito certo, numa confluência de astros pra lá de positiva.

FORLAN

Na estreia de Forlan, com a torcida lotando o que resta em pé no Beira-Rio, o Inter ficou apenas no empate com o Vasco, que realmente está com uma equipe muito competitiva, aliando qualidade e força.

Empatar em casa no Brasileirão é um resultado negativo.

O uruguaio não foi bem, perdeu duas boas chances de gol, pelo que soube. Mas é natural. Muito tempo parado, desentrosado.

Os garotos do Inter, tão festejados nos dois jogos anteriores, não repetiram suas atuações.

Pelo jeito, o título brasileiro vai ficar mesmo lá para o centro do país mais uma vez.

SELEÇÃO

Os corneteiros e secadores do Neymar – acredite, eles existem aos montes – mais uma vez tiveram de engolir sua saliva venenosa.

O guri do Santos liquidou com a Bielorrússia, que saiu na frente. Fez o segundo gol e deu os passes para os de Pato e Oscar. Vitória por 3 a 1.