Retranca salvadora e o empate colorado

Vibrei quando soube que o Luxemburgo havia armado uma retranca para enfrentar o Ipatinga. Não sou retranqueiro, mas não posso ignorar que esse time do Grêmio é muito instável, vulnerável, e não importa a qualidade do adversário. E isso é que é o mais grave e preocupante.

A primeira virtude de um grande treinador é conhecer o que tem na mão. E o que o Luxemburgo tinha na mão era uma equipe fraca. Portanto, ele tratou de reforçar o sistema defensivo, sinalizando claramente que não queria tomar gol, e se fizesse um estaria no lucro.

Deu certo. Léo Gago marcou um golaço, o que talvez faça alguns ingênuos de plantão acreditarem que ele está crescendo e que não precisa contratar um volante melhor para a posição. Bem, o importante é que ele marcou e isso deixa o Grêmio ainda mais favorito a continuar na Copa do Brasil.

Então, méritos do Luxemburgo, que está jogando com o regulamento da Copa do Brasil debaixo do braço. Perfeito.

E, só para confirmar o que venho dito, no Grêmio só os bons se lesionam com média ou grande gravidade. Marcelo Moreno sofreu lesão muscular e fica fora por alguns jogos. Assim, de repetente, o Grêmio não tem mais o seu festejado ataque.

Quer dizer, a situação, que já era complicada, ficou ainda pior.

Se o Grêmio tivesse hoje o Mário Fernandes e o Kleber, seria outro time. Com esse time que aí está, o Luxa tem mais é que se fechar, mesmo que isso faça com que alguns neófitos o chamem de Celso Roth.

Assim, de lesão em lesão, o Grêmio vai desmoronando.

INTER

O Inter me surpreendeu. Mesmo sem titulares importantes, enfrentou o Santos de igual pra igual. O Santos tem mais time. O Inter sabe disso. Por isso, nos primeiros minutos tratou de mostrar armas. Tinga acertou um soco na orelha direita de Juan. Não pegou de jeito. O juiz nem o bandeirinha viram ou não quiseram ver.

Mas foi um bom jogo, parelho. Neymar fez belos lances, mas não foi feliz em algumas conclusões. Muriel foi o melhor do jogo, evitou a derrota colorada.

O centroavante pigmeu foi figura decorativa. Muricy custou a tirá-lo de campo.

No gol de Nei, o goleirinho do Santos fez golpe de vista. Fico imaginando se fosse o Victor ou o Muriel fazendo o mesmo.

AIRTON

Eu tinha uns 10 anos quando vi o Airton jogar. Foi a única vez, no estádio Florestal, em Lajeado. Grêmio venceu por 5 a 0. Anos 60. Estou procurando uma foto onde apareço ao lado do zagueiro e que foi publicada na extinta Folha Esportiva. Curioso, já naquele tempo eu admirava o Airton, mesmo recém saindo das fraldas em termos de futebol. Vou falar sobre isso em breve.