Um juiz, duas contusões graves

Kléber vai parar quatro meses. Mário Fernandes continua fora e deve voltar somente em maio.

O que há em comum entre esses dois jogadores, além do fato de serem titularíssimos de um time que sem eles é apenas modesto, pequeno demais para a grandeza do sonho de todos os gremistas?

Leandro Vuaden é a resposta. Graças a esse juiz que o Grêmio ficou ainda menor na Copa do Brasil e agora praticamente sem chances de brigar até pelo título do Gauchão.

Vuaden é o juiz que não viu falta na voadora que o zagueiro Jackson, do Inter, aplicou em Mário Fernandes, obrigando o jogador gremista a saltar para não ter a perna quebrada, o que resultou em clavícula fraturada.

Vuaden é o juiz que viu Kléber apanhar no jogo contra o Cruzeiro e nada fez para coibir a violência que teve como consequencia uma grave contusão do principal atacante tricolor.

Vuaden é da escola de Carlos Simon, sem a qualidade de Carlos Simon. Luxemburgo, depois do jogo, disse de Vuaden aquilo que eu cansei de dizer de Simon: ele não apitava, administrava o jogo seguindo uma regra apenas sua.

Foi assim que ele, Simon, não deu falta num recuo com os pés para o goleiro Clemer, que pegou a bola com as mãos, com o agravante que era um Gre-Nal. Depois, Simon não gostava que o chamassem de colorado.

Simon também alterou a regra da contagem de tempo na prorrogação de jogo decisivo de campeonato. Foi contra o XV de Campo Bom.

Vuaden ainda não chegou a esse ponto, mas é novo, vai chegar lá. Tem futuro.

Por enquanto, ele se limita a não coibir atrocidades dentro de campo. Gosta de deixar o ‘jogo correr’. Houve quem o elogiasse, e o elogia por causa disso. É claro que são analistas cujas pernas não estão em risco.

Hoje, Luxemburgo foi muito feliz ao definir Vuaden. Um juiz que apita seguindo seus critérios, não a regra. O mesmo que eu cansei de dizer do Simon, que parece ser o mestre de Vuaden.

Vuaden faz mal para o futebol, assim como o carrinho, seja pela frente, seja por trás ou pelo lado. O futebol não precisa de carrinhos, nem do Vuaden.

O futebol precisa do Neymar, assim como precisava do Zico, do Romário, entre tantos outros jogadores talentosos que tornam o futebol envolvente e cativante.

Vuaden hoje conseguiu irritar gremistas e cruzeirenses.

Mas é certo que agradou algumas pessoas, aquelas que agora estão vibrando com a contusão de Kléber, e que festejaram a de Mário Fernandes tempos atrás.

Vuaden deveria pegar uma geladeira. Quem saber ficar quatro meses parado, como o Kleber? Mas estará no próximo sorteio. Alguém duvida?

FECHANDO A CONTA

Se com Kléber estava difícil, sem ele a Copa do Brasil ficou ainda mais distante. A direção precisa agilizar a busca por reforços. A situação ficou pior. O time cada vez mais depende do novato Fernando. Antes, dependia dele para proteger a zaga. Agora, depende dele também para fazer gols.