E o Oscar vai para…

Esse caso do Oscar é emblemático do tipo de relação entre os clubes de futebol. Eles são tão unidos quanto judeus e palestinos, ou gremistas e colorados em dia de Gre-Nal.

Se os clubes se unissem seriam mais fortes para suportar a pressão dos empresários. Boa parte deles vive em volta dos estádios como moscas varejeiras.

Unidos realmente, os clubes não passariam a perna um nos outros, e todos sairiam ganhando. Hoje, os advogados dos jogadores entram na justiça do trabalho por qualquer motivo.

É evidente que os direitos dos jogadores devem ser preservados, mas os dos clubes que investem fortunas em suas categorias de base para de vez em quando de lá extrair uma pedra preciosa, também.

O Inter se aproveitou de uma situação e trouxe o Oscar. O SP já havia aplicado rasteiras em outros clubes, e mereceu uma resposta do mesmo nível. Mas isso é consequencia dessa desunião, dessa carnifica que só prejudica os próprios clubes e faz a alegria de advogados, procuradores, empresários e jogadores.

Agora, o tribunal do trabalho de São Paulo deu ganho de causa ao clube paulista.

Oscar ainda tem seu vínculo com o SP. Não entro no mérito da questão, não sei se a decisão é justa ou não, mas eu a aplaudo porque preserva o clube que criou o jogador.

Quem perdeu Ronaldinho para o PSG na mão grande sabe o quanto dói perder um craque dessa forma.

Os colorados estão sofrendo agora. O SP quer no mínimo 14 milhões de reais para liberar Oscar. É muito dinheiro.

O Juremir, em seu conceituado blog, hoje, transcreve um texto do blog do perrone, no qual é lançada uma acusação de que a CBF prejudicou o Inter para atingir a FGF, que defende nova eleição na entidade. A ideia seria atingir Chico Noveletto, que além de presidente da federação é colorado.

Teoria da conspiração. Por esse raciocínio devo supor que o TRT paulista faz parte da armação.

Realmente, dói perder talentos.

Para concluir, dentro do quadro atual do futebol brasileiro em que cada clube só vê o seu lado, e o resto que se exploda, o Grêmio poderia contratar o Oscar, esquecendo o Giuliano, que custa mais, e joga menos.

Não sei se Oscar conseguiria jogar tão cedo, porque o caso iria parar nos tribunais, mas que seria divertido, seria.