Inter cai, Grêmio escapa do fiasco

Antes do jogo do Inter contra o Santos escrevi que o técnico Dorival Jr estava certo em escalar três volantes. Com isso, escrevi, não evitaria a derrota, mas escaparia de uma goleada.

E não deu outra. Eu previa que o vovô Índio não teria condições de enfrentar o endiabrado Neymar. Portanto, iniciar com dois volantes, e nenhum deles fixo, seria um suicídio. Seria pedir para ser goleado.

Adivinho que os críticos colorados, todos eles querendo que o Inter começasse com dois volantes para manter o Dagoberto, vão responsabilizar o técnico pela derrota por 3 a 1 na Vila Belmiro. Eles não conseguem aceitar as limitações defensivas do time colorado.

Eles acreditam naquela bobagem de que no futebol a melhor defesa é o ataque.

Agora, por falar em limitação, o que dizer desse time que o Grêmio mandou a campo para enfrentar o glorioso River Plate?

O técnico Vanderlei Luxemburgo – e eu escrevi isso antes – insiste em manter o time e o esquema herdado do Caio Jr e que foi aquele fiasco na fase classificatória do Gauchão.

Será que ele não se deu conta de que enquanto tiver Léo Gago e Marco Antônio no time não irá a lugar algum, a não ser o fundo do inferno?

Esse Marco Antônio é o meio-campo mais omisso que eu conheci em meus 30 anos de reportagem esportiva.

Já o Léo Gago, repito, é um jogador indefinido, nem volante, nem meia.

Outra coisa, volto a repetir, o Gilberto Silva foi um grande volante. Não é mais. Improvisá-lo como zagueiro é uma crueldade. Melhor mantê-lo como volante, um líbero, num esquema com três volantes.

Quando escrevo o River Plate, que não é o da Argentina, acabou de fazer 2 a 0.

Pode existir maior humilhação?

Só mesmo perder para o Mazembe quando se sonhava com o bi mundial.

Retomo o texto quando o Grêmio acaba de fazer 3 a 2, virando o jogo. Foi uma atuação ridícula. O primeiro gol da reação foi contra, com o zagueiro do River sendo puxado pela camisa e com isso mandando a bola para a rede.

Mas com Facundo em campo, tudo pode melhorar. Até o futebolzinho ridículo que o time apresentava pode se tornar luminoso.

O meia argentino fez toda a jogada do gol de empate, um golaço do Kleber.

Depois, Facundo fez o gol da vitória após grande jogada de André Lima, restabelecendo a lógica do futebol.

Facundo, repito, é o nome da esperança. Mas ainda é pouco, muito pouco para tornar o Grêmio uma equipe em condições de disputar o título da Copa do Brasil.

Não podemos esquecer que o River terminou com um jogador a menos.

Falta, principalmente, meio de campo. Mas a zaga também deixa muito a desejar.