Gladiador e He-Man no ataque?

A contratação de Kleber, se não foi apenas por inspiração dos marqueteiros do Grêmio, sinaliza que a direção quer montar um time realmente muito forte para a temporada 2012, o ano da Arena e o ano-chave para o presidente Paulo Odone, que decide sua sorte como dirigente do clube. Ou se consagra, ou se despede melancolicamente como dirigente de futebol.

Numa conversa que tive recentemente com o Paulo Pelaipe, que, queiram ou não, conseguiu arrumar a casa e manter o time na primeira divisão, já que realmente havia risco de descenso, ele me disse que iria montar um ‘bom’ time para 2012. Eu retruquei:

– Bom não adianta, tem que ser um time muuuito bom, porque já são dez anos sem título importante. Time bom não resolve.

Ele consertou rapidamente:

– Sim, muito bom, um time muito bom.

O time ‘muito bom’ está começando com Kleber. Tenho minhas restrições a esse jogador. Acho que cria caso demais e me parece que não vem com muita boa vontade, preferia mesmo é ficar em São Paulo. Mas se trata de um dos melhores atacantes em atividade no país, sem dúvida. E ainda por cima é o Gladiador.

A questão agora é saber quem mais vem. Para companheiro de ataque do Kleber eu gostaria de ver o Ricardo Oliveira, que hoje joga no Al-Jazeera.

Agora uma informação: Ricardo Oliveira, o centroavante que Fernando Carvalho sempre tentou contratar, está na lista do Pelaipe. O jogador quer voltar e facilita seu retorno. Os árabes estão dispostos a negociar. Probleminha: ele já está com 30 anos.

Como segunda opção, e mais fácil: Rafael Moura. Ele nasceu em 1983 (1983, a Cerveja Campeã). Fico imaginando ele e Kleber no enfrentamento com os zagueiros.

Gladiador e He-Man. Ninguém segura esse ataque.

Na verdade, o atacante do Fluminense é o segundo nome depois de Vágner Love. Mas, se vier Love (que eu gostaria de ver distante, embora seja ótimo jogador), ainda assim Rafael Moura pode ser contratado. Afinal, o ano é longo.

No meio de campo existe a possibilidade concreta de Ibson, um jogador que arruma o meio de campo e o time. É um organizador. Marca, articula e ataca. Ibson é outro sonho de consumo de Fernando Carvalho.

Agora, estou na torcida pela queda do Cruzeiro. Assim, vai sobrar Montillo, que não fica no clube para disputar a segundona. Ele tem contrato até 2015.

Agora, quem está muito próximo é o Carlos Eduardo, que voltará para ocupar o lugar de Escudero. Enfim, qualidade, velocidade e lucidez.    

Por falar em sonho, Lugano. Este é o zagueiro dos sonhos de todos os gremistas, e de muitas outras torcidas. Ele está no PSG. Tem um empresário trabalhando nisso, e não é o Jorge Machado.

Mas e dinheiro para tudo isso? Desconfio que aquele aditivo para as obras da Arena trazia embutido uma verba polpuda só para contratar jogadores. Seria um desvio de rubrica. Mas é só uma desconfiança.

Fora algo assim – um investidor não colocaria dinheiro em jogadores na faixa dos 30 anos -, não vejo como contratar grandes jogadores.

E o treinador?

Já escrevi sobre isso. Mas desconfio que se Roth vencer o Gre-Nal, ele fica.

Dilema: torcer para o Grêmio ou para o Inter?