A imitação continua

Quando eu penso que essa história de que o Inter imita o Grêmio vai terminar, mais ela se robustece.

O Inter quer Autuori. Assim como fez o Grêmio dois anos atrás, o Inter aceita esperar pelo técnico que já fracassou no Beira-Rio, sendo responsável por uma das minhas grandes alegrias no futebol, aquela goleada do Juventude com o estádio lotadíssimo.

Vários colorados que hoje trabalham na imprensa ficaram marcados por aquele jogo e desde então consideram o Juventude o inimigo público número 2, logo atrás do Grêmio, claro. Sei o quanto sofreram naquela noite, 4 a 0.

Foi um ensaio para o vexame contra o Mazembe.

Autuori vem aí. De novo, Autuori precisa sair numa boa lá do clube árabe, repetindo o que aconteceu quando veio para o Olímpico.

Naquela ocasião, ele estava com vontade de voltar ao futebol brasileiro, muita vontade. Saudoso. Só que ficou aqui uns poucos meses – felizmente – e logo se mandou de volta, justo quando fazia todo o planejamento no Grêmio.

Autuori, o filósofo. O Iura faz uma imitação hilária do Autuori. Num programa do Reche, na Ulbra TV, o Iura imitou a postura do treinador à beira do campo. Contemplativo, vendo o time desmoronar na Libertadores, testa franzida e, o principal, o dedo indicador da mão direita na vertical sobre a boca, como quem pede silêncio.

Sinceramente, não sei o que esses dirigentes da dupla enxergam no Autuori. Está certo, é um cavalheiro, parece gente boa, mas largou todo um projeto no Grêmio ao primeiro aceno árabe. Na verdade, foi o que melhor poderia ter acontecido na gestão Duda Kroef. Mesmo assim, não me parece uma atitude correta de um profissional com a fama de ético, etc.

Então, ficamos assim: Grêmio contrata um ídolo; Inter contrata um ídolo; Grêmio demite um ídolo injustamente; Inter faz o mesmo; Grêmio aposta num ‘novato’; Inter segue o exemplo; Grêmio traz um medalhão; Inter ainda busca um.

Só falta uma imitação, a cereja do bolo: a queda pra segundona. Desse jeito não vai demorar muito.

Agora, falando sério: Osmar Loss está fazendo bom trabalho. Me lembra o Marcelo Rospide na Libertadores de 2009, tipo flanelinha esperando Autuori chegar. Entre pagar milhões para um treinador como o Autuori, não é melhor ficar com um baratinho e competente?

Talvez o problema seja esse: ele é baratinho.

SAIDEIRA

Olha a sacanagem com o meu amigo Zini. Ainda bem que no meu tempo de ‘barrigada’ (notícia que não se concretiza) não existiam essas ferramentas hoje tão fáceis e abundantes pra fazer brincadeiras. Êta gente criativa!

O autor é o ducker, do site www.ducker.com.br

confiram:

http://grem.io/MT7