Kidiaba: linda por fora, gostosa por dentro

A família 1983 segue crescendo. Começou com uma cerveja tipo Pale Ale, lançada em agosto. Por coincidência, no mês em que Renato Portaluppi desembarcou para tirar o Grêmio do atoleiro em que foi deixado por Silas.

Admito que a cerveja era apenas razoável. Afinal, eu recém começava a elaborar o precioso líquido. Confesso que joguei fora mais de uma centena de garrafas desde então porque havia problema com espuma. Cerveja sem espuma é um sacrilégio, embora eu saiba que tem gente que gosta  de uma ‘brahma da polar’ assim. Gosto é gosto.

O colarinho branco, macio e consistente é fundamental numa cerveja, ou num chopp.

A 1983 foi se diversificando. Vieram a Pilsen (em alta fermentação, não essa aguada que tem por aí em qualquer supermercado) e a Weiss.

Hoje, posso afirmar que produzo cervejas boas. São feitas com carinho, não mais do que nove litros por vez, o que resulta numas 20 e poucas garrafas.

Em dezembro, depois da enorme alegria que causou o glorioso Mazembe, uma homenagem aos valorosos atletas do time africano: veio a Mazembier.

Doce para uns, amarga para outros.

Agora, atendendo a insistentes pedidos, está saindo do forno, digo, da geladeira, a Kidiaba.

Antes que alguém pense que é uma homenagem ao goleiro Kidiaba, aquele da exótica comemoração, me apresso a dizer que não confirmo nem desminto.

Kidiaba a mim lembra uma mulher sensual, capaz de levar qualquer homem a fazer loucuras. Uma devassa, uma deusa, um anjo, uma diaba…

Kidiaba pode ser qualquer coisa, mas antes de tudo é uma cerveja escura, forte e encorpada.

O resto fica pela imaginação de vocês…