Roth arrumaria a casa no Olímpico?

Há uns três meses, poucos jogadores serviam para os colorados. A zaga era velha, os laterais irregulares, o meio-campo instável e o ataque inoperante.

No time ideal dos colorados, escapavam, alguns poucos. Unanimidade mesmo, salvo engano, o Guinazu. Depois, ficariam no time Sandro, Giuliano, D’Alessandro e Kleber. Bolívar, um dos líderes do time, era aceito por uns, desprezado por outros. Alecsandro todos queriam ver longe, uma injustiça.

Veio o Celso Roth e tudo mudou. Agora, observem que o setor mais importante de um time de futebol já estava fechadinho, aceito pelos torcedores quase sem restrição. Sandro, Guinazu, Giuliano e D’Ale. Tinga reforçou o meio-campo. Giuliano virou uma espécie de talismã.

Sobis, mesmo fora de sua melhor forma, qualificou o ataque.

O trabalho de Roth foi facilitado pelo fato de que ele já contava com um meio de campo formidável, o ponto alto do time, e também porque não havia focos graves de indisciplina e insurreição. Tudo isso ajudou. É claro que ele azeitou a máquina, corrigiu posicionamentos, etc. Mérito de Roth, sem dúvida. Ele fez o time render mais.

Se Roth tivesse desembarcado no Olímpico talvez não alcançasse o mesmo resultado em tão curto prazo. O comando do clube é apático e leniente, o vestiário é caótico e alguns jogadores pensam apenas em si e desprezam o essencial no futebol, o coletivo.
É intolerável ouvir Douglas dizer que não tem obrigação de marcar. No futebol moderno, só o goleiro não precisa marcar.

Sem contar o excesso de lesões. Duvido que exista no País algum time de ponta com tantos jogadores lesionados ao longo da temporada, boa parte delas musculares.

Alguém lembra do Leandro jogando três partidas inteiras consecutivas? E estamos em agosto, quase setembro.

A direção demorou demais a perceber o que a torcida já havia visto há muito tempo: Silas não servia. E isso agravou a crise.

Por fim, a qualidade técnica do time. Vou citar jogadores que já deram boa resposta outras vezes e com alguma freqüência, o que pode ser um indicativo de que num time ajustado podem ser úteis: Edilson, Rafael Marques, Neuton, Adilson, Magrão, Maylson, Rochemback, Douglas, Souza, Hugo, Jonas, Borges e André Luís. E, claro, o Victor.

Os demais, tirando os jovens da casa, não fazem falta. O mesmo vale para algum nome da lista acima que não passar a mostrar mais comprometimento. Aliás, total comprometimento.

Renato não poderia ter voltado ao seu clube de coração em pior momento. Já escrevi isso antes de ele assumir. Se ele tiver mais apoio, inclusive do festejado preparador físico Paulo Paixão (que me parece ausente), ainda pode dar certo.

Cabe à torcida participar, ir aos jogos, incentivar e depois cobrar.

É preciso exigir mais garra do time, de todo o time, mas sem esquecer a direção.

É preciso mais garra também da direção.

SAIDEIRA

Sábado fiz um curso para cervejeiro. Em breve, estarei lançando a minha cerveja. Todos os botequeiros serão convidados, com exceção dos petistas.
Quem tiver interesse em aprender a fazer uma cervejinha caseira aqui vai a minha dica (garanto que é fácil):

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Blog Pessoal – www.mestresdacerveja.com.br
“Uma viagem ao Mundo e a Cultura da Cerveja Artesanal”