Três atacantes e o fim da 'bolinha no pé'


Roth gostaria de jogar com um atacante. Talvez em seus devaneios retranquistas até já tenha sonhado com um esquema sem atacantes. Se é que até já não testou um esquema só com zagueiros, laterais, volantes e meias.

O máximo que Roth aceita é jogar com dois atacantes, mas só depois de muita pressão da imprensa, torcida e diretoria.

Do outro lado do campo, Tite acena com três atacantes: Nilmar, Taison e Alecsandro. Não vejo problema, principalmente contra times mais modestos.
Ouso dizer que até contra equipes grandes o esquema seria viável. Com os três volantes que o Inter tem, todos marcam e sabem jogar, considero possível jogar com três atacantes, ainda mais com as características dos três citados.

Basta que eles tenham aplicação tática para recuar e marcar, ou ao menos cercar, até a intermediária do campo de defesa.

O Taison pode fazer isso sem problema, e até faz eventualmente. Os três podem se revezar nesse trabalho, cada uma numa faixa de campo. Depois, intercalando para confundir a marcação.
Se desse certo, seria uma novidade agradável, quase uma revolução nesses tempos de medos, cuidados exagerados.

O Manchester United tem um esquema que está meio que na contramão, é quase um 4-2-4. São quatro na defesa, que só saem na muito boa; dois volantes que marcam e sobem com qualidade; e quatro atacantes que se movimentam muito e recuam para pegar junto com os volantes, mas sempre se revezando. É comum ver astros como Cristiano Ronaldo e Rooney marcando, esfolando os joelhos, especialmente o inglês.

A ideia é simples: em vez de meias que chegam, atacantes que voltam. É uma questão cultural, essencialmente, porque atacante brasileiro gosta mais de ficar lá na frente. Mas isso está mudando, pelo que tenho visto.

Bolinha no pé, nunca mais.

QUESTÃO DE ORDEM

Como seria o Grêmio no esquema com três atacantes, impensável com Roth?
Júlio César, Adilson e William Magrão (Tcheco)
Herrera, Jonas e Reinaldo