O técnico de futebol e suas mentiras

Se o poeta antes de tudo é um fingidor, o técnico de futebol, antes de qualquer coisa, é um mentiroso.

Termina o jogo, mais um jogo sofrível de seu time formado por alguns jogadores que não poderiam vestir a camisa de um clube de ponta, e ele precisa explicar à imprensa e aos torcedores por que a equipe não apresenta um futebol de mais qualidade.

Acredito que só essa parte da função já ajuda a justificar boa parte do salário milionário que Luxemburgo e outros recebem. O técnico Ênio Andrade dizia que parte do salário mensal dele era para aturar a imprensa. Dizia brincando, mas com uma pitada de seriedade.

O técnico Renato Portaluppi, aquele que fez Gabriel jogar e Douglas ser convocado para a seleção, lá pelas tantas, diante da mediocridade do seu time, inventou a história dos cascudos, que o time era inexperiente por isso jogava mal. Não, o time era ruim. Mas como dizer isso se o técnico depende daquele grupo que está ali?
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Por isso, é preciso mentir, ou omitir a verdade.

Ontem, após o espetáculo de ruindade exibido aos heróicos torcedores gremistas no Olímpico, Luxemburgo veio com essa história de ‘facilidade gerou dificuldade’.

Mas em seguida foi mais sincero – porque mentir todo tempo cansa e inventar desculpas criativas cansa mais ainda – e acrescentou que é obrigado a ‘armar um time feio’ porque faltam jogadores mais versáteis no meio de campo, alguém que ‘arrisque o drible’. Não lembro, mas acho que ele chegou a deixar escapar que precisa de jogadores com mais técnica no setor. Assim, ele arma um time mais pesado, mais duro. Em outras palavras, um time modesto, esforçado, quase ruim. Um time que só por milagre pode ser campeão de alguma coisa.

Um time fraquinho, expressão que uso para não ofender ninguém.

Se bem entendi, Marco Antônio finalmente pode sair do time. Quando Luxemburgo diz que falta alguém que arrisque o drible no meio de campo só pode estar falando de MA, o burocrata da bola. Ele não pode esperar isso dos volantes. Nem do André Lima. Facundo arrisca e muitas vezes consegue. Ontem, ele foi o melhor, o que não significa muito diante do que os outros apresentaram em termos de ataque.

Repito: eu colocaria o Facundo Bertoglio no lugar de MA, e Miralles na frente ao lado do A. Lima ou do M. Moreno, se ele puder jogar. Claro, mantendo três volantes.

Sobre o MA, o Grêmio poderia acrescentar aquele golaço contra o Fortaleza no portfólio do jogador e tentar negociá-lo para o futebol árabe, russo, asiático, um lugar assim bem distante. Mas fazer isso já. Agora.

QUINTA QUENTE

Hoje, é noite de torcer pra Portuguesa. Se vier o Bahia, será pior.

Fluminense x Inter: quem vencer pega o Boca Juniors, ou o que restou dele. Acho que dá Inter.

Mas garanto que não vou secar.

Jornalista também mente.

Texto esclarecedor sobre caso Oscar

Para quem ainda tem alguma dúvida a respeito do caso Oscar, recomendo a leitura do material abaixo que recebi de um parceiro aqui do boteco.
O autor é procurador de Justiça aqui do RS, Lênio Streck, que obviamente não tem o conhecimento jurídico de alguns gênios da crônica esportiva gaúcha, mas sem dúvida deve ser considerado por todos aqueles que buscam a verdade a respeito do assunto, sem paixão e fanatismo.
O texto é longo, mas elegante e claro. Esclarecedor e definitivo. Merece ser lido com atenção. Uma aula.

http://www.conjur.com.br/2012-mai-03/senso-incomum-habeas-corpus-jogador-oscar-exemplo-decisionismo

Caso Oscar: a CBF age corretamente

Existem algumas notícias que o pessoal da redação de jornal discute para saber se ela pertence à essa ou aquela editoria.

O caso Oscar está nas páginas de esporte. Mas poderia ter passado pela editoria de polícia e até transitado pelo caderno de variedades, que a gente apelidou de ‘caderno de frescuras’ só pra provocar os colegas que escrevem sobre cinema, literatura, arte, música, televisão, etc. Afinal, a história parece enredo de novela mexicana.

Assim como as novelas provocam reações fortes principalmente das telespectadoras, as notícias envolvendo Oscar mexem com a emoção dos colorados, em especial os da mídia, que já nem disfarçam sua ansiedade em ver Oscar jogando no Inter de qualquer jeito.

Uma rápida passada de olhos em alguns blogs ou escuta de programas esportivos confirma a irritação e a revolta diante do ofício que a CBF mandou a Conmebol a respeito da situação do jogador, que tem sido tratado por determinados setores como uma vítima, um pobre trabalhador impedido de exercer sua profissão.

Pelo que sei, ele não era impedido de trabalhar no SP quando decidiu romper o contrato unilateralmente com alegações que não se sustentaram em segunda instância.

A CBF não poderia ser mais clara. O texto é dúbio, sim, sem dúvida, porque a situação é dúbia. Confira:

“Cumpre-nos esclarecer que, por força de decisão judicial proferida em 26-4-2012, em processo de habeas corpus, a Justiça do Trabalho determinou que a CBF procedesse à inscrição do referido atleta em favor do Sport Club Internacional, conforme contrato nº 2011009170, celebrado pelo período de 25-8-2011 a 24-8-2016.
“Sucede que tal referida decisão não anulou o julgado anterior do Tribunal Regional da 2ª Região, que assegurou a validade do contrato nº 619191, firmado entre o mesmo atleta com o São Paulo F.C, pelo período de 5-12-2007 a 4-12-2012 – publicou o documento.”

O documento relata clara e precisamente em que pé a situação se encontra. Mas a maré vermelha da mídia gaúcha continua demonizando a CBF, que ela estaria armando contra o Inter.

Se alguém armou alguma coisa contra o Inter nesta história foi o próprio Inter, que foi dar uma de esperto e agora está pagando o preço.

Usou Oscar bastante tempo, conquistou títulos – que poderiam ser do SP se ele nesse tempo pudesse contar com o seu jogador -, mas agora está chegando a conta. E ela é salgada.

O ministro gentil

Estou com uma demanda trabalhista. Caso complicado. Hoje, ao deparar com a notícia de que o ministro Guilherme Caputo Bastos recebeu o jogador Oscar em Brasília fiquei mais confiante. Se acontecer qualquer problema, tenho agora a certeza de que por ele serei recebido.

Afinal, já joguei tão bem, ou mais, que o Oscar. Mas, acima de tudo, sou tão cidadão brasileiro quanto ele.

Fica combinado assim: todos nós trabalhadores podemos a partir de agora, recorrendo ao TST, sermos recebidos por esse gentil e atencioso ministro.

São os novos tempos do Brasil na gestão da presidente Dilma, que, até agora, é a melhor presidente que eu vi neste país. Posso me arrepender de ter escrito isso, mas é o que penso no momento. Se eu estiver errado, será apenas mais um erro na minha longa lista de mancadas.

Estou louco para acrescentar outra afirmação minha nessa lista, que, impressa em papel higiênico, daria volta no mundo. “O Grêmio, com esse time, não tem a menor chance de vencer a Copa do Brasil.”. Esta é a frase que eu escrevi aqui e disse ao Pelaipe no Cadeira Cativa, um mês atrás.

Espero estar completamente errado. Já imagino o Pelaipe invadindo o estúdio da Ulbra TV pra me esfregar a taça na cara. Sonho com o Marco Antônio convocado para a Seleção Brasileira na posição de articulador, deixando Ronaldinho, Ganso e Kaká no banco. Imagino Gilberto Silva eleito o melhor zagueiro e Léo Gago contratado pelo Barcelona.

Se qualquer uma dessas coisas acontecer eu ficarei desmoralizado como analista esportivo. Terei de fechar o boteco e me dedicar apenas a fazer cerveja, um conselho, aliás, que tenho recebido com alguma frequência por gremistas ‘fora da casinha’, gente que acredita em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e também na honestidade dos políticos brasileiros.

Agora, uma coisa vos digo: Grêmio campeão da Copa do Brasil com Marco Antônio, Léo Gago, Gilberto Silva de zagueiro, André Lima de centroavante, Pará na lateral, qualquer uma, eu largo. Largo mesmo.

Hoje, no programa do Reche, estava o Edilson. O Reche já iniciou me provocando sobre o Grêmio. Eu disse que o Grêmio com esse time ‘fraquinho’ não tinha a menor chance de título. Disse isso e olhei para o Edilson, que só balançou a cabeça para os lados, querendo dizer que não concordava com o ‘fraquinho’. O que Edilson não sabe é que eu tomei cuidado no adjetivo em consideração a ele, convidado do programa, um sujeito que está voltando ao time e que merece apoio. Agora, título da Copa do Brasil nem em sonhos.

Mas essa não é minha preocupação, porque a minha previsão inicial, lá de fevereiro, vai prevalecer, infelizmente. O que me preocupa é esse jogo do Inter pela Libertadores. Se o Inter vencer o Fluminense, vai ser campeão de novo. Tri.

Estou pensando no que fazer quinta-feira. Contra o Mazembe, eu me desliguei. Só fiquei sabendo o que acontecia quase no final. Deu certo.

Vou repetir a estratégia da indiferença. Talvez me tranque na cozinha pra fazer mais um lote de cerveja. Ou quem sabe tenha coragem e vou pra frente da TV. Não sei ainda.

Só sei que está difícil. Muito difícil.

SAIDEIRA

O time já é precário, e ainda sofre com desfalques. A ausência de Pará pode até ser positiva. Será uma chance para Dener, ex-júnior. Ele jogou pelo Veranópolis, campeão do Interior no Gauchão. Prestei atenção nele no jogo contra o Inter. O Dagoberto passou por Dener pela direita com facilidade, cruzou, e gol do Inter. Depois, ele manteve um padrão razoável. Talvez numa equipe um pouco melhor que o Veranópolis, é o caso do Grêmio, ele possa render mais. Vamos ver. Vamos torcer por Dener, porque Pará de titular na esquerda é dose.

A Arena e o caminhão de mudanças

Há uma expectativa muito grande entre os gremistas em relação à Arena.

O Grêmio deste século será dividido entre Antes e Depois da Arena. Esta é certeza e convicção de uns, e esperança de outros.

Estou no segundo grupo. Estaria entre os que acreditam numa grande virada se não estivesse tão decepcionado e frustrado com os gremistas que comandaram o clube nos últimos 15 anos e que lá permanecem e permanecerão numa cansativa dança das cadeiras.

O caminhão de mudanças para a nova casa vai levar, além da alegria e do entusiasmo quase infantil de milhões de gremistas, velhos hábitos e ultrapassadas rotinas que tornaram o Grêmio menor nos últimos anos.

A Arena dará uma arejada, talvez force uma nova postura, como aquela que tínhamos quando abríamos um caderno novo nos bancos escolares, caprichando na letra e tomando todo o cuidado para que não amassasse. Mas isso não durava mais do que alguns dias ou algumas semanas.

A Arena será como o caderno novo no início do ano letivo. A não ser que os homens que dirigem o clube e todos os outros que estão na tocaia para assumir o poder se unam em torno de um mesmo ideal, ou que simplesmente sejam apenas verdadeiros gremistas, ao menos por algum tempo, e que passem a desejar unica e exclusivamente o bem do clube.

A vaidade é grande e a visão turva não deixa enxergar a verdade: que todos os grupos que disputam o comando fracassaram – entre um e outro acerto – em suas tentativas de aplicar suas ideias e conceitos sobre gestão de clube de futebol.

E que a hora é de humildade para assumir seus erros e buscar a aproximação. A partir daí, encontrar os nomes mais capazes e habilitados a assumir o comando do clube na nova casa, marcando o início de uma nova era de vitórias e de crescimento do clube em todos os aspectos.

Para isso, é preciso que o caminhão de mudanças deixe para trás o chinelo velho, o colchão deformado, o rádio que só pega à tapa, a TV que só funciona com bombril na antena, e as dores de tempos ruins.

Enfim, que do Olímpico sejam transferidos apenas os ensinamentos dos vencedores do passado e as glórias imortais, inigualáveis e insuperáveis.

Enquanto Zé Roberto não vem

Quem viu Geraldo, 38 anos, correndo, driblando, defendendo e articulando – este sim é articulador de carteirinha – não tem por que duvidar que Zé Roberto, 37 anos, não pode fazer o mesmo no Grêmio, evidentemente com mais qualidade e sabedoria, e sem aquelas frescuras que adornam o cabelo do meia do Fortaleza.

Zé Roberto, quando estiver com 45 anos, provavelmente aposentado, ainda estará jogando mais que o Marco Antônio. Eu, por exemplo, aos 45 era imbatível como quarto zagueiro do time do Correio do Povo. Meu apelido era Baresi (quem não conhece, pesquise).

(Beto Almeida, grande treinador a espera de uma grande oportunidade, participou como convidado de algumas das nossas peladas. Ele costumava dizer, suspirando: “Se eu tivesse um cara como o Ilgo pra jogar de líbero, eu me consagraria”. A modéstia me impede de ir adiante).

Mas enquanto Zé Roberto (se tudo não passar de mais uma jogada da direção para distrair a torcida) não vem, o Grêmio tem o glorioso Marco Antônio.

E não é que MA, que eu tanto critico, marcou um golaço?

No restante do tempo, porém, continuou jogando verticalmente, mas pra trás e raramente pra frente, e para os lados. Driblar um marcador, partir pra cima dele, nem pensar. É claro que seus passes são certeiros. Só erra passe o jogador tecnicamente ruim mesmo, ou aquele que arrisca umas enfiadas. Quem joga pra trás ou pro lado, quase não erra. Por isso, os incautos dizem: “É, mas ele tem o passe preciso”. Pode ser preciso, mas não é o que o time precisa. O time quer mais de um articulador.

Escrevo isso porque ouvi na Gaúcha uns neófitos votando no MA como melhor do jogo por causa do gol.

Se eu fosse convidado a votar, ficaria com Fernando. Esse guri vai longe, joga muita bola. Espero que não seja convocado pra seleção.

Depois, num segundo plano, Edílson, Souza e Marcelo Moreno.

Mas tem outro na lista, que deixei para esta linha porque ele merece diante dos agravos dos corneteiros que frequentam este boteco:

VICTOR. Aos 40 minutos do segundo tempo, ele protagonizou a defesa mais bonita e sensacional do ano: bola quase no ângulo, visão encoberta, um salto acrobático, mãos firmes desviando a bola que rumava feliz para as redes.

Se, repito, SE, o Grêmio conseguir algo de mais significativo neste ano será porque tem aquele que é o melhor goleiro em atividade no país.

Feita a devida e merecida provocação, é louvável que Luxemburgo tenha escalado o time de maneira a não sofrer gol, e só depois arriscar. Tivesse feito isso no Gre-Nal, talvez o finalista hoje fosse o Grêmio.

Agora, aos fatos: o Grêmio soube neutralizar o Fortaleza no primeiro tempo. Teve duas chances de gol, marcou dois gols. Aproveitamento de 100 por cento.

No segundo, o Fortaleza ameaçou muito mais, e até mereceu fazer um golzinho. Victor não deixou.

O time continua jogando um futebol precário se considerarmos que o objetivo é o título. Mas conseguiu o que mais interessa, que é a vitória, e uma vitória quase impossível de ser revertida no Olímpico.

Portanto, o Grêmio está na próxima fase da Copa do Brasil – será contra Bahia ou, de preferência, contra a Portuguesa. Se Luxemburgo não inventar mais, metendo o pé pelas mãos, como fez no Gre-Nal, o time pode encorpar e ir adiante na competição.

Se Victor continuar salvando e o ataque seguir com um aproveitamento elevado, tudo pode acontecer.

Ninguém está impedido de sonhar numa competição mata-mata.

OSCAR

O Inter continua fazendo de tudo para ficar com Oscar. No treino de hoje colocou o mancebo a treinar entre os titulares, dando um sinal para a CBF que era hora de colocar o Oscar no BID. A CBF nem deu bola. E agiu certa. A justiça do trabalho se mostrou a favor do jogador, mas há a justiça desportiva a ser considerada. Enquanto a situação não ficar muito bem esclarecida, é difícil que Oscar volte a jogar. O Inter quer ficar com Oscar, mas quer pagar muito menos do que ele vale. Este é o problema. Pague os 17 milhões que o SP quer e, pronto, terá Oscar de volta ao time.

Já não confio em Luxemburgo

Até o Gre-Nal eu ainda mantinha a esperança de que o time montado pela dupla Odone/Pelaipe e pelos homens do futebol afastados no meio do ano passado poderia surpreender e conquistar o título do Gauchão e até da Copa do Brasil.

Confesso que era uma esperança fundamentada na paixão, no desespero de onze anos de seca e na certeza de que milagres acontecem.

Quero informar que a minha esperança ruiu como irá tombar o Olímpico dentro de mais algum tempo.

Quem me acompanha há mais tempo sabe o que eu penso desse time, principalmente do meio de campo, coração e alma das equipes de futebol.

Sem um meio campo forte, competitivo, dificilmente os objetivos são atingidos. Um lateral se improvisa, um zagueiro se protege e um atacante se abastece tanto que de vez em quando ele faz gols, que o diga André Lima quando jogou ao lado do Jonas.

Saudade de Jonas.

O Grêmio não tem meio de campo. O do ano passado era melhor. Aquele meio de campo com o ataque de hoje, Kleber e Marcelo Moreno, poderia almejar grandes conquistas. Este, com Marco Antônio e Léo Gago, tem como destino o abismo.

Mas eu ainda acreditava que Luxemburgo com sua experiência, seu conhecimento e sua ascendência sobre os atletas poderia fazer a diferença, apesar da insistência com essa nulidade que é MA, um jogador que eu não conhecia e que só passei a criticar depois de vê-lo com a camisa tricolor.

Aqui um aparte, no programa Cadeira Cativa, do Reche, eu disse ao Pelaipe, que estava ao meu lado, que ele não conquistaria absolutamente nada com o meio de campo que ele havia contratado. Nem lembro o que ele respondeu, mas foi algo assim como ‘tu vai ver mais adiante’. É, estou vendo.

Veio o Gre-Nal. Ele começou o jogo com dois volantes, recuou MA para a função do Léo Gago. MA é um jogador que não marca, não dá carrinho, não rouba a bola de ninguém, não suja calção. Se é ruim adiantado, pior recuado, ainda mais num Gre-Nal, jogo pegado, vibrante.

É histórico que Gre-Nal ganha quem se defende melhor, marca forte no meio de campo e explora contra-ataques, jogando no erro do adversário. Luxemburgo ignorou o que Roger havia ensinado no clássico anterior. Armou um meio de campo leve, para alegria de Guinazu, Tinga e Sandro Silva.

Fosse Roger o técnico, ou o Celso Roth, ou o Mano Menezes, que foi campeão contra o favorito Inter, o resultado do Gre-Nal seria outro. Esses três nomes, entre outros, sabe como se ganha e como se perde um Gre-Nal.

Luxemburgo não poderia em hipótese alguma jogar da forma como jogou. Depois, no intervalo, tentou consertar, mas reagir colocando Marquinhos é piada. Piada de mau gosto como aquela do Rafinha Bastos.

Aliás, assim que for eliminado da Copa do Brasil, o que pode acontecer até contra o Fortaleza, o Grêmio deve passar por uma varredura, começando por MA – a Lusa está precisando dele -, Marquinhos e Gabriel. Mas tem mais.

Então, Luxemburgo me decepcionou. Não confio mais nele. Aquela ‘malandragem’ de entrar com 18 jogadores no Gre-Nal e depois a briga ridícula com os gandulas é coisa de técnico ultrapassado, ou de técnico que quer ir embora.

Diante disso, e sem conversa, defendo Roger como treinador. Foi com ele que o Grêmio fez sua melhor partida neste ano. Não é muito, mas na relação custo/benefício acho que vale a pena investir em Roger, que ao menos sabe o que fazer para não perder Gre-Nal.

É claro, que Roger e meia dúzia de reforços. Um zagueiro de ALTO nível para o lugar de Gilberto Silva; um volante para ser titular ao lado de Fernando e Souza; e dois meias de qualidade. Ah, e com a saída de M. Fernandes, um lateral direito.

É, eu já estou pensando no Campeonato Brasileiro.